terça-feira, 16 de dezembro de 2014

“Sou um livro gigante, cheio de folhas escritas com palavras tortas, meio rabiscado, cheio de erros e cansativo demais para ser lido até o fim.”

— Fernanda Gomes.
— Mãe, por que as melhores pessoas sempre morrem cedo?
— Quando você está em um jardim, que flores você colhe?
— As mais bonitas.
Se a paixão é mesmo uma doença, como alguns cientistas embezerrados estão sempre tentando provar, deve ser difícil diagnosticar: as dores do estômago podem ser uma gastrite nervosa; o emagrecimento repentino pode indicar um quadro anêmico; o suor excessivo nas axilas talvez seja sintoma de hiperidrose; não pensar em mais nada vale como T.O.C.; batimentos acelerados podem ser encarados como taquicardia; o tremor nas mãos, Mal de Parkinson; e uma vez assisti um episódio de House explicando que euforia excessiva sugere que você passou muito tempo respirando o mesmo ar que um pacífico pombo. Como não há pombos na minha janela e o Dr. Google descartou todas as outras suspeitas, acho que estou mesmo apaixonado – embora eu preferisse estar enfermo pra valer.
—  Gabito Nunes.

“Hoje eu sinto preguiça de chamar de amor, rir de piadas sem-graça, enfrentar a vermelhidão das bochechas ao conhecer a família, do primeiro olhar – realmente – sincero depois de um beijo. De dar boa-noite, ligar quando acordar mesmo com os olhos pequenos de sono, o primeiro silêncio confortável, o primeiro ciúmes desnecessário e renovador. Da primeira carta, do primeiro te amo. Socorro, que preguiça do te amo. Preguiça de não sentir preguiça disso tudo e depois sentir preguiça de você, de mim, da gente. A preguiça da preguiça. Ela por si só. Sem rodeios.”

— Recontador.