quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
“Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em
alguns dias acho que sou fraca. E boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara
pra esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar
pra mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa.
Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus
erros não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar
errando, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser comum e
normal. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, sorrir e chorar. Sentir friozinho
na barriga, nó no peito, tremedeira nas pernas. Sentir que as coisas funcionam
e que tenho que trocar de jeito quando insisto em algo que não dá resultado.
Quero aprender e, ainda assim, continuar criança. Ficar no sol e sentir o vento
gelado no nariz. Quero sentir cheiro de grama cortada e café passado. Cheiro de
chuva, de flor, cheiro de vida. Aprecio as coisas simples e quero continuar
descomplicando o que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não
dá, deixa pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a
gente encara e se impõe. Quero ser eu, com minha cara azeda e absurdamente
açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional. Quero continuar mantendo o
meu cérebro no lugar onde ele se encontra: meu coração. E essa é a melhor parte
de mim.”
“Com o tempo eu acabei mudando. E nao foi da noite
pro dia, não foram mudanças rápidas mas foram necessárias. Já não sorrio
pra todos e não mostro muito de mim. Só o que me convém mostrar. Minha
paciencia se esgotou e nao tolero mais hipocrisia. Amizades que antes eu
considerava intermináveis, terminaram, e hoje não fazem tanta falta.
Aprendi a viver sem as pessoas que vivem muito bem sem mim. Aprendi com
meus próprios erros que se fazer de vítima não nos torna menos culpados.
Aprendi da pior forma a ter coragem de seguir em frente e admitir que
errei, e consertar, se for possível. Aprendi que chorar não é
vergonhoso, é a pensar uma forma de dizer “eu sinto”. Implorar e se
humilhar não traz ninguém de volta, aprendi que só se deve correr atrás
de quem realmente vale a pena. E quem não vale, deixa ir. Se não te
acrescenta nada de bom, deixa partir. Há tanta gente pra se conhecer,
afinal, tanta gente passa pela nossa vida nao é? E pode ter certeza: só
permaneceram os que valem a pena.”
— | Abrigada |
“Entenda, é tudo novo pra mim. Nunca precisei tanto
de alguém como preciso de você, nunca desejei tanto um sorriso como
desejo o seu, nunca esperei tanto por um beijo como espero pelo seu. Eu
nunca fui tão eu mesma como sou com você. Perdão se às vezes meu jeito
infantil de reagir te assusta ou te incomoda. Repito, é tudo novo para
mim. Sinto-me uma criança confusa diante desse sentimento, sinto-me
frágil diante do medo de te perder, sinto-me pequena diante da perfeição
que a cada dia descubro em você, sinto-me cega diante da luz e magia
que flui naturalmente dos seus olhos e do seu sorriso. Eu não sei o
porquê de tudo isso. Não compreendo a imensidão do meu desejo. Desculpe
pela infantilidade que te amar despertou em mim.”
— | Caio Fernando Abreu |
Assinar:
Postagens (Atom)