terça-feira, 4 de junho de 2013
“Quer saber? Eu canto quando estou sozinha, e não me
importo com a afinação. Eu fico fazendo caras e bocas na frente do
espelho, até mesmo no banho com ele embaçado. Quando eu sinto saudade de
alguém, eu imagino que é meu travesseiro. Eu só digo ‘foda-se a opinião
dos outros’ porque quero que eles pensem que eu não ligo. Eu não
consigo sonhar de pés no chão. Pessoas bipolares me irritam mas eu vivo
dizendo que sou, porque eu sou. Desejo coisas que nunca vou ter. Me
importo com pessoas que não se importam comigo. Eu julgo pessoas por
julgarem outras. Não sou educada ou vivo arrumada quando estou sozinha.
Não me importo que você não goste de mim se eu também não gostar de
você. Eu gosto de dormir pra fugir dos meus problemas. Não gosto de
sentir medo, por medo de não ter ninguém pra me abraçar. Eu choro em
filmes tristes. Tem gente que me faz sorrir, mesmo me fazendo chorar. Eu
digo que quero esquecer, mas no fundo eu não quero. Eu digo muitas
coisas que eu não queria. Eu faço muitas coisas que eu não faria se
pensasse melhor. As vezes eu morro de rir de mim mesma, depois de chorar
rios. Eu gosto de andar no meio de vários amigos, mesmo não gostando de
alguns. Eu sinto ciúmes das pessoas próximas as mim. Não gosto de
emprestar dinheiro, mas adoro gastar com qualquer coisa. Eu só escrevo
textos sobre mim quando quero me entender melhor, vejo que as pessoas
pensam a mesma coisa. E no fim eu só entendo que sou mais complicada do
que eu pensava ser.”
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